As negociações de um tratado global sobre plásticos em Genebra terminaram sem acordo após nove dias de conversas e uma sessão noturna intensa.
Um grupo de países produtores de petróleo bloqueou obrigações juridicamente vinculativas e se opôs a controlo da produção de plástico e à eliminação de produtos químicos perigosos.
A norma de tomada de decisões por consenso permitiu que poucos países travassem o processo, levando à rejeição de dois rascunhos recentes e ao apelo para usar como base o texto de Busan.
Quase todos os Estados participantes manifestaram vontade de continuar as negociações, sublinhando a urgência de enfrentar a poluição plástica e os danos aos ecossistemas e comunidades.
Organizações ambientais criticaram a falta de ambição e defenderam a necessidade de restrições jurídicas mais fortes à produção de plástico, rejeitando um tratado fraco.
Há propostas para alterar o formato de decisão para votação por maioria, já que o modelo de consenso se mostrou ineficaz para avançar no acordo.
A próxima fase de negociações só deve ocorrer no próximo ano, com a Assembleia do Ambiente da ONU em dezembro como oportunidade para redefinir o mandato e evitar retrocessos.
Grupos da sociedade civil e povos indígenas elogiaram a rejeição do texto final por priorizar um tratado forte em vez de um acordo insuficiente.
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